Antecipadamente, a constipação, uma condição comum que afeta o sistema digestivo, é caracterizada por dificuldade ou desconforto de fazer o ‘número dois’. Por outro lado, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento.
Nesse sentido, recentemente, um estudo destacou que um dos sinais precoces da doença neurológica pode não estar diretamente relacionado ao cérebro, mas sim ao intestino.
Durante seis anos, então, pesquisadores exploraram essa conexão, revelando possíveis vínculos entre a constipação e o risco de Alzheimer. Essas descobertas foram apresentadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer.
Definição e Causas da Constipação
Também conhecida como prisão de ventre, a constipação, em síntese, é uma condição comum que afeta o funcionamento regular do intestino, resultando em dificuldade ou desconforto ao evacuar. Eventualmente, é caracterizada pela diminuição da frequência desse ato e pela passagem de fezes endurecidas.
Dessa forma, vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento da constipação, bem como:
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Dieta pobre em fibras: Uma alimentação com baixo teor de fibras pode dificultar o processo digestivo, resultando, assim, em fezes ressecadas e de difícil passagem.
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Baixa ingestão de líquidos: A desidratação pode contribuir para o endurecimento das fezes, tornando-as mais difíceis de serem eliminadas.
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Falta de atividade física: O sedentarismo pode desacelerar o funcionamento do intestino, prejudicando a movimentação adequada das fezes pelo trato gastrointestinal.
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Medicamentos: Alguns medicamentos, como opioides, antidepressivos e antiácidos contendo alumínio, podem igualmente causar constipação como efeito colateral.
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Condições médicas subjacentes: Por último, doenças como síndrome do intestino irritável (SII), hipotireoidismo, diabetes e doenças neurológicas são capazes de afetar a função intestinal e levar à constipação.
O Que é e Quais os Fatores de Risco do Alzheimer
O Alzheimer, sob o mesmo ponto de vista, é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente a memória, o pensamento e o comportamento de uma pessoa. Inicialmente, os sintomas podem incluir lapsos de memória e dificuldade de concentração, porém, ocasionalmente, a doença pode progredir para afetar funções cognitivas mais complexas.
Embora as causas exatas do Alzheimer não sejam completamente compreendidas, acredita-se que a acumulação de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados de proteína tau no cérebro tenha um papel significativo no desenvolvimento da doença.
Quem é Suscetível à Doença?
As pessoas mais suscetíveis ao Alzheimer, sobretudo, são geralmente aquelas com:
- Idade avançada, especialmente após os 65 anos;
- Histórico familiar de Alzheimer;
- Fatores genéticos;
- Lesões cerebrais traumáticas, como concussões repetidas;
- Tabagismo;
- Dieta pouco saudável;
- Sedentarismo;
- Baixa atividade cognitiva.
A Conexão Entre Constipação e Risco de Alzheimer
Apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer e conduzido ao longo de seis anos, um estudo recente trouxe à tona uma descoberta surpreendente sobre a doença de Alzheimer: pode haver um indicador associado não ao cérebro, mas sim ao intestino.
Os resultados destacam que a constipação, particularmente quando os movimentos intestinais ocorrem a cada três dias, pode servir como um indicador de risco para o desenvolvimento da demência. Assim, especialistas sugerem que a constipação crônica está diretamente ligada a um declínio na função cognitiva, equivalente a um envelhecimento de três anos.
Isso porque, com base na pesquisa, 73% dos casos que mostraram um déficit cognitivo estavam ligados a quadro de constipação. O que levou os especialistas a relacionar que problemas intestinais regulares podem ser um dos marcadores ocultos de doenças degenerativas.
Novas Perspectivas
Como resultado, a pesquisa revelou uma associação entre a presença reduzida de bactérias produtoras do ácido graxo butirato e de fibras alimentares com a constipação, e consequentemente, com o declínio cognitivo.
“Quando um sistema está com defeito, ele afeta outros sistemas. Quando essa disfunção não é tratada, pode criar uma cascata de consequências para o resto do corpo”, explica Heather M. Snyder, vice-presidente de relações médicas e científicas da Alzheimer’s Association.
Além disso, outro estudo apresentado na mesma conferência, liderado por Yannick Wadop, pós-doutorando no Instituto Glenn Biggs para Alzheimer e Doenças Neurodegenerativas da UT Health San Antonio, destacou a ligação entre o acúmulo de beta-amiloide, principal constituinte das placas de amiloide observadas no cérebro de pacientes com doença de Alzheimer, e os níveis de certas bactérias na microbiota.
A Significância do Cuidado Médico Contra Alzheimer e Demência
O cuidado médico é um aspecto crucial no enfrentamento de ambas as condições. De antemão, os seguintes especialistas são essenciais desde o diagnóstico precoce até o manejo dos sintomas e o apoio aos pacientes:
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Neurologista: Especialista no diagnóstico e tratamento de distúrbios do sistema nervoso, incluindo doenças neurodegenerativas. Em síntese, eles podem realizar avaliações detalhadas, solicitar exames, prescrever medicamentos para retardar a progressão da doença e oferecer orientação sobre estratégias de manejo dos sintomas.
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Neuropsicólogo: Avalia as funções cognitivas, comportamentais e emocionais dos pacientes por meio de testes neuropsicológicos. Podem ajudar no diagnóstico diferencial entre diferentes tipos de demência, monitorar a progressão da doença e igualmente desenvolver estratégias de reabilitação cognitiva.
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Clínicos gerais: São fundamentais no cuidado inicial e contínuo de pacientes com demência e Alzheimer. Eles podem realizar avaliações iniciais, encaminhar os pacientes para avaliações especializadas, monitorar a saúde geral do paciente, gerenciar condições médicas coexistentes e coordenar os cuidados em equipe multidisciplinar.
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Geriatras: Estes, por fim, são especializados no cuidado de idosos e estão bem posicionados para lidar com essas complexidades. Proporcionam uma abordagem holística para o cuidado, considerando não apenas os aspectos médicos da condição, bem como os aspectos sociais, emocionais e funcionais.
Como Promover o Meu Bem-Estar Intestinal?
Não apenas responsável pela digestão e absorção de nutrientes, o intestino também abriga uma grande parte do nosso sistema imunológico e é crucial na eliminação de toxinas do corpo. Portanto, manter um equilíbrio saudável de bactérias intestinais e garantir um trânsito intestinal regular são aspectos essenciais para uma boa saúde intestinal.
Quando se trata de cuidar da saúde intestinal, os gastroenterologistas possuem um treinamento avançado no diagnóstico e tratamento de diversos distúrbios digestivos. Desse modo, eles auxiliam na identificação precoce de problemas intestinais, oferecendo tratamentos eficazes e orientações sobre hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis para promover uma saúde digestiva duradoura.
Exames de rotina como a endoscopia, por exemplo, permitem que os médicos visualizem o revestimento interno do esôfago, estômago e duodeno. Enquanto isso, a colonoscopia permite a visualização do cólon e do reto. Esses procedimentos são essenciais para diagnosticar condições como úlceras, pólipos intestinais, câncer colorretal e outras doenças.
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Definitivamente, a conexão entre constipação e o risco de Alzheimer destaca a importância de um cuidado abrangente e proativo com a saúde intestinal. A constipação crônica pode ser um sintoma precoce de possíveis problemas cognitivos, mas, sobretudo, indicar um desequilíbrio subjacente na saúde do intestino.
Primordialmente, é crucial reconhecer a importância do diagnóstico precoce tanto para distúrbios intestinais quanto para condições neurodegenerativas. Logo, coloque o cuidado em prática e Agende Sua Consulta com a Gastroenterologista e a Neuropsicóloga da Dr. Essencial e promova o seu bem-estar completo!
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